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A bioquímica do amor e do apaixonamento

  • Foto do escritor: Karen Dias Jones
    Karen Dias Jones
  • 30 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

“(...) as ciências naturais têm, como pressuposto, a explicação dos fenômenos, estabelecendo relações de causa e efeito, já as ciências do espírito deveriam-se basear na compreensão como tentativa de apreensão de sentido (...) O homem está sempre buscando sentido a comportamentos que poderiam parecer mera extensão de nossa natureza animal.” (Rodrigues, J. 2006).


As mãos tremem, suam e o coração acelera. Neste espaço de tempo é perceptível mudanças drásticas no apetite, no sono, na atenção, nas produções intelectuais e o famoso “frio na barriga”. O cérebro está as voltas e pensa e busca pelo objeto de desejo de alguma forma: Através de músicas, textos e em muitos outros desdobramentos. Afetando funções cognitivas em metáforas e imagem corporal.


Entender o que provoca essas sensações bioquimicamente é racionalizar um fenômeno experiencial, ou seja, afastar-se do fenômeno sentido na pele para olhar para um corpo que sente efeitos químicos cerebrais. Entendê-lo não tira o seu peso, mas ajuda a compreender esse processo e se ver como um ser passível de “humanidades”.


Para se ter uma ideia, apaixonar-se é incrivelmente rápido, leva cerca de um quinto de segundo ou 0,2 segundo (Journal of Sexual Medicine). Logo, ter controle por essa sensação é praticamente impossível. Doze partes do cérebro liberam químicas que provocam sensações similares ao consumo de cocaína (Universidade de Siracusa).


O corpo produz descontroladamente Norepinefrina (Também chamada de Noradrenalina, que influencia na ansiedade, humor, acelera o coração), Serotonina (humor, sono, temperatura corporal), Dopamina (memória, atenção, prazer, humor, euforia), Adrenalina (preparo para realização de atividades e esforços físicos), Oxitocina (hormônio do prazer que diminui estresse e está associado ao desejo sexual), Feniletilamina (hormônio da paixão similar a anfetamina e substância que também está presente em chocolates), Feromônios (hormônio sexual secretado para impulsionar a atração sexual), exalam-se pelos poros para comunicar-se inconscientemente com o outro.


É nítido e compreensível que o sujeito mude, está a ser bombardeado hormonalmente e neuroquimicamente, enchendo seu corpo com sensações e vontades incontroláveis. O objetivo, olhando pela análise da ciência natural, é que o sujeito reproduza-se e assim cumpra sua natureza de espécie. Schopenhauer chegou a apontar esse fenômeno em seus livros.


A boa notícia é que esse estado alterado tem prazo de validade na maioria das vezes, pesquisas apontam que a paixão dura em média 18 a 30 meses.

E você? Como reage quando está enamorado?




Fontes:






https://super.abril.com.br/blog/alexandre-versignassi/paixao-e-cocaina-amor-e-rivotril-2/

 
 
 

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© 2020 por Karen Jones.

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