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Eu não quero mais.

  • Foto do escritor: Karen Dias Jones
    Karen Dias Jones
  • 26 de out. de 2020
  • 2 min de leitura


Uma das frases que mais ouço/oiço na clínica é o “não querer”: “Eu não quero mais estar nesse relacionamento”, “Eu não quero mais ser submisso”, “eu não quero mais depender desse emprego”, “Eu não quero mais.”


O “não querer” aparece até mais do que o “querer” nas sessões, exatamente/exactamente pela força que a palavra “não” possui. Portanto, a dificuldade em colocá-la em ação/acção é grande. Utilizar desta força de uma forma positiva requer assertividade.


Quando buscamos o porquê deste comportamento encontramos o fundo emocional do “não”, que implica em fazer um rompimento, cortar, extirpar e/ou limitar uma situação não desejada.


E por que é tão difícil?


Por medo.


Explico: Dizer “não” inclui desagradar ou discordar, e é necessário estar disposto a perder ou a enfrentar as consequências da afirmação. Muitos adoecem por não conseguir fazer uso do “não” de forma assertiva.


Romper com um emprego, cortar um relacionamento amoroso ou de amizade abusivo, começar uma dieta, incorre no risco de perder ou falhar.

Medo de falhar, medo de perder, medo.

O sujeito sofre por medo de não ser bem sucedido, por medo de ficar só, por medo do desconhecido.


Mas até quando esgarçaremos nossos limites ou colocaremos nossos desejos em terceiro lugar?

Até que ponto vale a pena dizer sim ou manter uma determinada situação pelo medo do que virá a seguir?

Será que perder essa amizade que não aceita limites seria tão mal assim? Será que sair desse emprego seria tão trágico? Será que falhar seria assim tão destrutivo?


Por vezes perder pessoas e falhar é tudo que precisamos para perceber que nossos limites precisam estar bem colocados, que somos sujeitos que merecemos confiança, valor, respeito e espaço.


Você tem dito não na hora que quer?


Se conheça. Faça psicoterapia.

 
 
 

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© 2020 por Karen Jones.

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