Intuição.

Segundo o dicionário, “intuição” significa uma determinada capacidade de prever, pressupor e identificar coisas que não dependem de um fato/facto real. São sinônimos: Pressentimento, perspicácia, palpite, faro. (DOP, 2020).

O termo vem da palavra latina intuitus: "in"- em, dentro, e "tuitus", passado de "tueri" – que significa "olhar dentro" (Muniz, 1988). Que em resumo significa uma forma de percepção/perceção que se dá a partir de si. Um conhecimento sem utilização do raciocínio.

Esta sensação já foi descrita na Antiguidade na filosofia grega e na filosofia contemporânea (Guimarães, 2005). É uma sensação instintiva que tem como objetivo/objectivo nos proteger, pois percebemos sem perceber que estamos a perceber situações e cenários antecipadamente. Claro, viver utilizando-se da intuição não é razoável e nem desejável, mas quantas vezes você experienciou uma sensação forte e não soube como explicar quando a mesma se comprovou?

Nosso cérebro apreende e absorve informações até quando não estamos projetando/projectando nossos esforços para tal. As informações que guardamos de alguém, por exemplo, vai para além da fala, também está relacionado ao comportamento, trejeitos, cheiro, timbre de voz e outras características que não percebemos, mas que estamos a captar. Todas essas informações unidas, formam um desenho total (uma Gestalt - forma), que nos apresentam um determinado cenário.

Não entraremos aqui na ciência neurológica por detrás destas pequenas captações. Mas considero interessante propor que pensemos no quanto utilizamos desta capacidade na vida.

É provável que, por não ser algo que faça parte de um fato/facto fenomenológico (algo que ocorreu), que haja uma tendência natural para negá-la, por vezes substituindo a intuição por justificativas racionais.

Porém hoje, convido-te para ouvir a sua voz interior.

O que a sua intuição/instinto/íntimo está a te dizer?

Você tem dado espaço para sua intuição?

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Photo by Letizia Bordoni on Unsplash.