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O Despertar

  • Foto do escritor: Karen Dias Jones
    Karen Dias Jones
  • 13 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura


Emergência, hospital, internação e no leito mais difícil: A UTI.

Tânia não sabia, mas o que estava a acontecer com ela seria um ponto de virada/viragem em sua vida. Internada, percebeu que sim, sua vida era finita e por ser realisticamente, cruamente, cruelmente possível o seu fim, deu-se conta de que não havia vivido tudo o que queria.

Não havia realizado metade das coisas que havia planejado/planeado que queria viver. Recordou-se de que esteve sempre a espera de que algo ocorresse e que esse algo fosse mudar tudo.

Ali, deitada no leito hospitalar, ela percebeu que ao ficar esperando pelo algo acontecer acabou por passar muito tempo paralisada, como se houvesse desistido de tentar para somente esperar. Foram mais de 50 anos assim. Que erro grave havia cometido!

Ainda deitada no leito olhou para os dedos dos pés e pôs a mexê-los. Forçou o calcanhar e os músculos da coxa. Decidiu que a partir daquele dia iria se mover, mesmo que aos poucos, se moveria no que era possível. Só conseguiu o dedão. Havia decidido sair de lá viva. Viva no corpo, mas também na alma.

Na alta médica, buscou auxílio para esta sua nova empreitada, que parecia aventura, e finalmente entendeu a importância de se manter desperto. Iniciou psicoterapia.

A história de Tânia nos deixa a pensar: Nunca sabemos qual é o momento que pode ser um dos momentos mais importantes de nossas vidas.

Nunca sabemos qual será nosso último respiro, nossa última lágrima, nossa última dança, nossa última gargalhada, nosso último beijo.

As vezes se perceber impotente e vulnerável na vida nos dá o vislumbre das pequenas coisas que conseguimos controlar e mudar.

Nem sempre os momentos mais importantes são os mais agradáveis. Podemos crescer muito com experiências negativas, porque acabamos por aprender a desviar de barreiras, reconhecer terrenos perigosos ou acabamos por despertar de um transe/coma profundo inconsciente.

Em psicoterapia percebeu que nem sempre teve razão em tudo, que falhava e que afinal, era humana como tantos outros.

Errou consigo mesma, com outros, com pessoas importantes. Mas na altura dos ocorridos, sempre acreditou que o erro estava localizado nos outros, nunca em si mesma. Passou a perceber sua parte nas cenas do grande espetáculo da vida.

Fique atento, você pode hoje estar a viver um momento importante, o momento onde tudo pode mudar e construir assim um novo eu.

Será que você está a um passo da mudança?

 
 
 

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© 2020 por Karen Jones.

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