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Qual é o seu lugar?

  • Foto do escritor: Karen Dias Jones
    Karen Dias Jones
  • 10 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

Você sabe qual é o seu sítio?


No livro “A erva do Diabo” de Carlos Castaneda, Juan (índio idoso sábio), sugere um exercício para seu aprendiz: Que ele encontrasse, na varanda da casa aonde estavam, o seu “ponto forte”. “Neste local” - ele argumentou - “Você estará em sua melhor forma”. O aprendiz ficou confuso, o que Juan queria dizer com isso? Foi ao exercício e passou muito tempo na varanda a procurar o tal lugar. Não sabia o que achar.


Resolveu criar uma estratégia e rastejar por cada canto da varanda, colocando seu corpo em contato/contacto com o chão. Sentiu a temperatura de cada parte, se era agradável ou não ao toque das mãos. O exercício durou horas. O aprendiz começou a sentir raiva, começou a questionar-se sobre a importância desse exercício, se fazia ou não sentido.


Sentou em diversos pontos da varanda, até que em um ponto sentiu a respiração ofegante, estômago embrulhado, receio, aflição e, até mesmo, asco. Saiu do local imediatamente mesmo sem entender o porquê.

Após mais algumas horas estava exausto. Procurou novamente por espaços confortáveis até que achou um local adequado e dormiu.


Após acordar, o mestre perguntou para ele sobre o lugar, afinal, ele havia achado!

O sábio explicou que haviam dois lugares na varada, “o sítio” e o “mau inimigo”. Apontou que esses dois locais representavam a chave para o bem-estar do homem. Em um local o aprendiz sentiria-se bem, forte, seguro, mas no outro sentiria-se roubado de força, frágil, impotente e enojado.


Esse exercício pode nos levar a pensar muito sobre nós e aonde estamos. Este lugar/sítio é físico, mas pode também ser subjetivo/subjectivo, pode ser uma relação, pode ser em um emprego, pode ser uma cidade.

“O nosso lugar” deve ser aquele que nos cabe, que é confortável, que é bom estar. Em nosso local há descanso, há conforto, há potência.

No local que não é nosso há desconforto, culpa, incongruência, roubo de energia e até mesmo sensações como asco.


As vezes ficamos como o aprendiz, perdidos, inquietos e confusos a procurar o “nosso lugar” no mundo. O seu lugar te fará feliz, o seu lugar te trará alívio, o seu lugar te trará paz.

Aonde você tem estado? Você tem procurado o seu ponto forte como o aprendiz?


Hoje, talvez, o que você precise é achar o SEU lugar/sítio, mesmo que seja em um pequeno espaço, como uma varanda.


Se conheça. Faça psicoterapia.


 
 
 

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© 2020 por Karen Jones.

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