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Solidão e Solitude.

  • Foto do escritor: Karen Dias Jones
    Karen Dias Jones
  • 3 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura


A solidão amorosa é um dos temas que mais aparecem na clínica: Mas afinal, o que é estar só?


Estar com alguém é garantia de ter companhia?


Nem sempre. Estar acompanhado não necessariamente significa ter intimidade e amor de quem lhe acompanha. Não é à toa que muitos términos de relacionamento envolvam tantas decepções/deceções, após anos de companhia.


As mulheres sentem ainda mais forte essa pressão, pois não importa o quanto cresceram profissionalmente ou academicamente, a questão sobre a falta de parceiros ou de filhos sempre aparecem em círculos sociais. Muitas permanecem em relações infelizes porque sentem que dependem daquela relação para estarem em um lugar de conquista na vida. Se casei, logo, venci.


A companhia acaba por ser vista como sinônimo/sinónimo de sucesso, de conquista, de ter a certeza de que as coisas deram certo e estar só é visto como o reverso: Abandono, derrota e isolamento. Produzindo uma falsa associação que aterrorizam quem teme não ser significativo para alguém: Já que estou só significa que não fui e não sou capaz de ser amado.


O que não poderia estar mais errado, mas a sensação é vivida como uma verdade em absoluto.


Por sermos seres sociais, estaremos sempre inclusos em alguma forma de interação/interacção social, nem que seja ao assistir vídeos pela internet. Logo, somos sutilmente/subtilmente “pressionados” a estarmos uns com os outros através de relações amorosas ou de amizade.


Para além disto, há a pressão não somente da existência de uma relação amorosa fixa, mas a existência de relações normativas (comuns): Precisam ser heterossexuais, monogâmicas e com o nascimento de filhos. A típica família de comerciais.


Formalizando uma eterna busca pela situação, tempo e parceiros “ideais”, quando na verdade, a vida real inclui tropeços, erros, dores e parceiros não tão perfeitos assim.


No reverso da companhia, há a “solitude”, termo que não é muito conhecido e que aponta sobre o prazer que se é possível sentir ao estar na companhia de si mesmo.


Atividades/actividades como ler livros, ver filmes, buscar estados de introspecção, meditação, concentração são ações/acções que ao serem praticadas sem companhia, possuem altas chances de terem maior qualidade.


Ao nos sentirmos completos estando sós, podemos acrescentar sensações nas relações com os outros, ao invés de esperar que esse outro nos complemente.


Você é a sua própria “metade da laranja”. Talvez com uma outra laranja ou limão, possa vir a fazer um suco/sumo que seja agradável.


O que definirá seu estado é sempre o gosto, o resultado final.




Design Rony Gloria.

Photo by Jose López Franco on Unsplash.


 
 
 

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© 2020 por Karen Jones.

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